Estamos vivendo a primeira pandemia em uma era digital. Diferente de outras grandes crises que acometeram o planeta anos atrás, como a Gripe Espanhola no início do séc. XX, o novo Coronavírus se alastrou pelo mundo em que todos estão profundamente conectados, graças ao avanço da tecnologia e da internet. Tal fato, dia após dia, apresenta tanto grandes vantagens, quanto certos malefícios.
Não somente os tratamentos de saúde estão bem mais avançados do que os de décadas anteriores, mas toda essa modernização também nos possibilita manter a proximidade em um momento em que a distância é a melhor prevenção. Nesse quesito, as redes sociais, que já demonstravam sua influência na rotina da sociedade, trabalham com força total. Com as medidas de isolamento, as pessoas estão passando mais e mais tempo na internet, tanto como forma de buscar notícias e informações, como para manter contato com familiares e amigos, e também para se distrair e se entreter em meio a tanto caos.
Mas o Covid-19 não trouxe somente os infelizes prejuízos para a saúde em sua passagem por aqui. Na economia, podemos enxergar os resultados de uma crise que já vai dando seus sinais, graças ao fechamento do comércio e à diminuição do fluxo de pessoas nas ruas. E, na internet, a enxurrada de novas notícias divide espaço com a desinformação que se espalha facilmente através das fake news.
Nesse cenário, onde, de uma forma ou de outra, todos agora se aglomeram no ambiente virtual, as principais plataformas estão adotando cada dia mais novas ferramentas para se reinventar, se adaptar e controlar o conteúdo nelas propagado, além de buscar uma forma de ajudar o público que tanto se vê “dependente” delas nesta hora. No post de hoje, separamos algumas das principais estratégias adotadas pelas gigantes da Internet, confira:
A queridinha do Mark Zuckerberg já enfrentou diversos problemas após acusações de ser uma “facilitadora” da disseminação de notícias falsas em sua plataforma, no entanto, com toda a crise instaurada no mundo e o crescimento da desinformação acerca do Coronavírus, a rede social tomou uma série de medidas para proteger e ajudar os usuários.
Uma delas foi a criação de uma aba especial, dentro da própria plataforma, que reúne dados e informações atualizadas sobre o Covid-19. Na Central de Informações sobre o Coronavírus, o público encontra as últimas atualizações, indicações de páginas de organizações de saúde reconhecidas, dicas de prevenção, abas de pedidos e ofertas de ajuda e publicações recentes sobre o tema.
Para combater as fake news, o Facebook também expandiu o seu programa de verificação de fatos para diversos países e implementou uma política de remoção de conteúdos falsos a respeito do Coronavírus – medida bastante significativa, já que plataforma raramente se posiciona a favor da exclusão de postagens. Segundo comunicado publicado pela rede social, o foco são “postagens com reivindicações que são projetadas para desencorajar o tratamento ou tomar as devidas precauções. Isso inclui posts relacionados às curas falsas ou métodos de prevenção absurdos – como a que diz que beber alvejante cura o Coronavírus – ou publicações que criam confusão sobre os recursos de saúde disponíveis”. A plataforma também anunciou que irá bloquear hashtags usadas para disseminar boatos no Instagram.
Facebook Shops
Além de manter os seus usuários bem informados e prevenidos contra a desinformação, a rede social também está trabalhando em prol dos pequenos empresários que estão sendo afetados pela crise. Na última terça-feira (19), Zuckeberg anunciou uma nova extensão da plataforma, com a qual pequenos negócios poderão montar lojas online, de formas simples e fácil, no próprio Facebook ou Instagram.
A ferramenta, que está começando a ser testada nos Estados Unidos e deve ser lançada nos demais países em breve, terá um sistema de pagamento próprio e checkout transparente, e funcionará de forma totalmente gratuita.
O acesso às lojas será feito diretamente no perfil das redes sociais, através de postagens ou anúncios. Neles, a empresa poderá montar um catálogo de produtos, contar a história da marca com cores e fontes personalizadas, e integrar a plataforma ao Messenger, WhatsApp ou Instagram Direct para responder perguntas e oferecer suporte aos consumidores.
Outra funcionalidade importantes do Shops está relacionada às queridinhas do momento: as lives do Instagram. Com o recurso de Compras Ao Vivo, influencers poderão marcar e vender produtos durante as transmissões, utilizando um ícone de compra que aparecerá em destaque no vídeo. Além disso, as empresas também poderão aderir aos programas de fidelidade, o que permitirá aos clientes a acumulação de pontos e eventual troca por prêmios.
“Esperamos que essas ferramentas possam aliviar um pouco a pressão que os pequenos negócios estão enfrentando neste momento e ajudar empresas de todos os tamanhos na preparação para o futuro”, publicou a rede social em comunicado oficial.
Também visando ajudar as pequenas empresas, especialmente do ramo comercial, a enfrentar as dificuldades advindas da crise do novo Coronavírus, no último dia 11 de maio, o Instagram anunciou uma nova ferramenta interativa para os stories cujo objetivo principal é ajudar a divulgar negócios locais que estão sendo afetados pela crise econômica causada pelo Covid-19.
O sticker de “Compra Local” permite que o usuário poste uma foto ou vídeo utilizando o adesivo para marcar uma empresa da região. Ao ser adicionado no story, a tag pode ser acessada pelos demais seguidores, que terão acesso ao perfil do comércio. Além disso, um compilado de outras marcações ficam disponíveis em um story próprio da ferramenta, de modo a dar mais visibilidade para os pequenos negócios que estão sendo fortemente prejudicados pelo novo Coronavírus.
Além da nova ferramenta, a plataforma também está buscando combater a desinformação e as fake news. Ao digitar #coronavírus na barra de pesquisa do aplicativo, o usuário é automaticamente convidado a acessar as informações oficiais do Ministério da Saúde, através de uma aba que o direciona para o site.
O WhatsApp, aplicativo de mensagens com maior número de usuários no mundo, também é um dos mais utilizados na disseminação de notícias falsas. Para conter a prática, a plataforma já havia tomado medidas que restringiam o encaminhamento de mensagens, no entanto, com a onda de boatos advinda da pandemia do novo Coronavírus, a rede social decidiu por adotar restrições mais duras.
No último dia 7 de abril, o mensageiro intensificou a medida, limitando ainda mais a possibilidade do repasse de informações. Agora, uma mensagem recebida só pode ser encaminhada a uma conversa por vez – o limite anterior era de 5. Outro recurso, ainda em fase de testes, prevê a disponibilização do ícone de lupa ao lado de mensagens suspeitas, o qual permitirá ao usuário fazer uma pesquisa rápida no Google para checar a veracidade do conteúdo. Ainda não há previsão de lançamento da nova funcionalidade.
Em comunicado, a empresa afirmou que o limite estabelecido anteriormente permitiu diminuir 25% o número de mensagens encaminhadas. No entanto, com a pandemia, houve um aumento significativo na proliferação de fake news e, a fim de combater a desinformação neste período, foi adotada a nova limitação. “Acreditamos que é importante desacelerar a disseminação de mensagens encaminhadas para que o WhatsApp continue sendo um espaço seguro para conversas pessoais”, informou.
Além disso, o aplicativo, que pertence ao Facebook, também criou uma Central de Informações sobre o novo Coronavírus, em conjunto com governos e ONGs de mais de 20 países, com o objetivo de levar informações confiáveis à população. A página pode ser acessada através do link https://www.whatsapp.com/coronavirus
YouTube
Além do sucesso das lives, uma das iniciativas mais populares do mundo digital nesta quarentena, por meio das campanhas como a Fique em Casa #Comigo, que aproxima os usuários de atrações virtuais e incentiva o acesso à cultura sem quebrar o isolamento social, o YouTube também tem utilizado seus recursos para ajudar o público nesse momento crítico.
Com o objetivo de ajudar pequenas empresas que estão sendo afetadas pela crise econômica resultante da pandemia, a plataforma criou o Video Builder, uma ferramenta com a qual as empresas podem criar, de formas simples e barata, conteúdos audiovisuais para a internet, mantendo a marca ativa no mercado, mesmo sem conhecimento ou experiência na área.
Com a ferramenta, o usuário pode criar vídeos animados utilizando imagens e textos unidos a músicas da biblioteca de áudio gratuita do YouTube. Além disso, estão disponíveis vários tipos de layouts que podem ser personalizados com cores e fontes para gerar arquivos de 6 a 15 segundos.
O YouTube já estava trabalhando na ferramenta há algum tempo, mas com a crise do Covid-19, passou a torná-la acessível a mais empresas, A fim de ajudar na criação de promoções mais eficazes e, obviamente, capitalizar com o aumento da atenção que os vídeos digitais estão recebendo no momento.
“Como empresas de todos os tamanhos precisam de tempo e recursos, e gravações presenciais não estão acessíveis em em muitos países, estamos acelerando o próximo estágio da disponibilidade do Video Builder. Com essa ferramenta, qualquer empresa que precise de um vídeo pode criar um que os ajude a se conectar e manter seus clientes informados, seja por meio de uma campanha publicitária, site ou email “, disse a empresa.
A plataforma ainda não está disponível para todos, mas o usuário pode solicitar acesso através do link: https://services.google.com/fb/forms/videobuilderbeta/
Em abril, o Twitter anunciou que direcionaria o algoritmo de buscas para dar prioridade aos resultados sobre o novo Coronavírus que viessem de fontes confiáveis, como organizações de saúde. Agora, além de direcionar as pesquisas, a plataforma anunciou, na semana passada, que irá incluir alertas em tweets com informações falsas sobre o Covid-19.
De acordo com uma nota do próprio Twitter, os alertas e medidas tomadas dependerão da gravidade da informação. Se a postagem tiver conteúdo questionável, a rede social emitirá um alerta para avisar as pessoas que a informação ali contida é conflitante com as orientações de especialistas, e disponibilizará um link para fontes confiáveis.
Já no caso de conteúdo com informações falsas, além do aviso, a publicação poderá ser removida ou marcada com uma tarja.
“Servir à conversa pública é a nossa grande missão, e nós continuaremos trabalhando para criar ferramentas e prover contexto para que as pessoas possam achar as informações confiáveis e autênticas que esperam encontrar no Twitter”, publicou a empresa em nota.
O Google, mecanismo de busca mais popular do mundo, também não tem medido esforços para lutar contra a desinformação e a disseminação de notícias falsas diante da pandemia do novo Coronavírus. Uma das principais iniciativas da plataforma foi a disponibilização de um painel de informações sobre o vírus, com fontes oficiais como o Ministério da Saúde. Nela, o usuário encontra várias páginas de informações como sintomas, prevenção e demais estatísticas.
Outra ação realizada pela plataforma foi a criação do site g.co/EmCasa. Com o avanço da pandemia, muitos estudantes, professores, famílias, empreendedores e profissionais passaram a ficar em casa. A fim de incentivar uma rotina mais conectada, produtiva e saudável, o Google lançou a página que reúne diversas ferramentas e recursos da empresa para que as pessoas possam aprender, trabalhar e manter contato com a família e os amigos. Os conteúdos também ensinam formas de aproveitar melhor o tempo em casa, seja cuidando da saúde ou com momentos em família.
Além disso, o Google também está utilizando os benefícios de suas plataformas para colaborar com as autoridades no controle da pandemia. Através do Google Maps, a plataforma está fornecendo dados anônimos para detectar tendências de movimentação onde o isolamento social se faz tão necessário. Os dados serão disponibilizados por tempo limitado através dos Relatórios de Mobilidade da Comunidade, acessíveis no site https://www.google.com/covid19/mobility/
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