O Marketing de Dados — também conhecido como data-driven marketing — é uma poderosa ferramenta que une a análise de dados com a interpretação inteligente das informações.
A fonte para a cultura data-driven vem das capturas de dados e leads, o big data, que serve como um guia para definirmos, entre outras coisas, o público e persona, hábitos de consumo, caminho de compra, preferências de conteúdo, veículos e mídias em ascensão e muito mais.
No passado recente, quando os meios de comunicação pela internet não eram acessíveis a todos os públicos, era comum que toda a metodologia da comunicação usasse o “spray and pray”: o máximo de pessoas deveriam ser atingidas pelo comercial de TV ou spot no rádio, por exemplo.
Hoje, há cerca de 424 milhões de dispositivos no Brasil, ou dois por habitante. Os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) incluem computadores, notebooks, tablets e smartphones, sendo que apenas o último representa 56% do total. Como lidar com essa imensidão de pessoas na hora de criar o conteúdo?
1. Cruzamento de dados
A boa e velha segmentação de público faz parte do marketing desde sempre. Quando cruzamos essas informações com características comportamentais os nossos resultados podem ser mais efetivos.
Esse estudo detalhado é útil no desenvolvimento de personas que ajudam na hora de destinar a sua mensagem ao público correto. Tudo isso é possível através de uma análise inteligente de relatórios de vendas, interações — não apenas o número de curtidas, mas a qualidade das mensagens e comentários — em redes sociais, tendências de mercado e informações sobre hábitos de consumo.
As redes sociais, inclusive, são ferramentas muito úteis na hora de definir quais os formatos perfeitos para a criação do seu conteúdo. De acordo com a Ironpaper (2015) 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Hoje, mais de cinco anos após a realização da pesquisa, as redes sociais estão ainda mais embutidas no cotidiano do “shopper” (cliente final que realiza a compra do produto ou serviço).
2. Utilidade
Escutar e compreender as necessidades de um cliente são um ponto chave para fazer uma comunicação ter sucesso. Para conseguir retorno interessante e valorização da marca, criar conteúdos e experiências úteis é fundamental para estabelecer a relação com o cliente.
Para você ter uma ideia, um estudo divulgado pela Cision (2018), 84% das pessoas esperam que marcas desenvolvam conteúdos que entretenham, contem histórias, ofereça soluções e crie experiências e eventos. Todas essas iniciativas, quando criadas a partir de dados, oferecem mais oportunidades de contato para a venda e relacionamento com o cliente.
Você sabia que uma pessoa é exposta em média a 1,59 horas de publicidade todos os dias? Isso inclui mídias tradicionais e digitais, uma verdadeira miríade de informações saturadas e desnecessárias que poluem a mente (e a paciência!) do usuário.
Ao determinar o que realmente atrai o seu consumidor, entenda os canais pelos quais você consegue se diferenciar dos anúncios habituais e entregue conteúdo mais segmentado, assertivo e, principalmente, útil.
3- Separe o joio do trigo
Mencionamos no início do post que é preciso inteligência na hora de analisar os dados. Isso inclui, também, a necessidade de “bloquear os ruídos”. Pode ser que, na coleta inicial de dados, muita coisa apareça e cause uma certa confusão nas informações.
As técnicas do data-driven marketing exigem que o dados relevantes sejam separados para que o foco do planejamento seja no que realmente importa. Dessa maneira, além de economizar tempo e dinheiro, você cria conteúdos e informações que estejam de acordo com padrões de comportamento, pontos de contato, execução e apresentação.
O principal aqui é formar um banco de dados e não um “bando de dados”.
Lembre-se: estratégia requer clareza e uso inteligente de recursos disponíveis.
4- Segmentação
A maior força do Marketing de Dados é a certeza. Ao contrário dos meios tradicionais, a comunicação digital tem o poder nas mãos. A segmentação ocorre quando, no planejamento, optamos por dar um direcionamento mais objetivo para a estratégia.
Ao utilizar personas e dados certeiros, o conteúdo pode ser menos massificado e mais poderoso. O importante aqui, não é necessariamente a quantidade de cliques, mas a capacidade de alcançarmos aqueles que realmente precisam solucionar um problema do qual você tem uma solução (através do produto ou serviço).
No fim das contas, as pessoas que encontram em você características como credibilidade, disponibilidade e segurança se sentem mais confortáveis e têm mais probabilidade de realizar a compra.
Não se engane: massificar a mensagem tem a sua devida importância, mas a segmentação inteligente busca resolver problemas e causar um impacto positivo na vida daquele que consome o conteúdo.
Para finalizar, vale uma reflexão.
Todas as pessoas que lidam com comunicação na atualidade já entenderam a importância dos dados. Ninguém pode dizer que informações são inúteis e não geram resultados. Entretanto, ainda mais importante que ter os dados é saber como utilizá-los.
Portanto, se você precisar de ajuda para direcionar a sua comunicação de forma perspicaz, entre em contato com a Atena Marketing e conheça mais possibilidades personalizadas para o seu tipo de negócio!
Fontes:
Rock Content Magazine – 4ª Edição